quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Os bandido de verdade tão em Brasília tudo solto"

Ouvi uma música um dia desses aí, e ela falava assim: "os bandido de verdade tão em Brasília tudo solto..." (sic). E aí eu parei pra pensar: será que isso tem fundamento?

Não quero exagerar e falar que todos os bandidos estão em Brasília ou que todos que estão em Brasília são bandidos. E isso é verdade. Mas, como todos sabemos o ser humano é um ser corruptível e, devido à ambições e ganância ele se deixa levar por muita coisa.
No caso do bandido que não está em Brasília, -ou seja, os traficantes, sequestradores, ladrões e outros- muitos deles não tiveram condições, estudos, instruções ou qualquer outro meio de vida. -não estou justificando nada e ainda vou chegar no ponto que eu quero- Por isso eles apelam a esse meio de vida parasitário, vivendo às custas dos outros, roubando, matando e à margem da sociedade. Sabemos que nada justifica cometer delitos, sejam eles pequenos ou grandes, ou ter atitudes que prejudiquem qualquer outro indivíduo. Existem outros meios de conseguir uma condição melhor, mas, infelizmente, muitos acham que esse é o único e melhor caminho e, alguns deles já pagam o preço de seus crimes.
Mas, e os bandidos que estão soltos em Brasília, quem toma as providências contra eles? Ou será que eles poderiam criar leis que os punissem? Acho difícil. Então quem irá garantir que nosso país, estado ou cidade não estará nas mãos de uma pessoa corrupta e de má índole?
"Lei Ficha Limpa: A Lei Complementar 135/2010 proíbe a candidatura de pessoas condenadas por órgãos colegiados da Justiça."
Isso vai adiantar? Pelas notícias de uns dias atrás eu soube que alguns políticos já conseguiram burlar essa lei. E agora? Como iremos enfrentar a corrupção? Essa é uma atitude que o POVO deve tomar, mas, se acompanharmos a história podemos ver que isso não é de agora: parece que a capacidade de pensar diante de candidatos corruptos fica afetada.
"O Plano Collor também exigiu o confisco das poupanças, com valores superiores a 50 mil cruzeiros, durante um prazo de dezoito meses. Além de não alcançar as metas previstas no plano econômico, Collor ainda se envolveria em um enorme escândalo de corrupção." e, alguns anos depois: "Collor é eleito senador por Alagoas e ocupa cadeira de Heloísa Helena." e ainda: "Eu sou pré-candidato a candidato do meu partido ao governo do Estado nas eleições de outubro - diz Collor."
Agora não venham me dizer que o povo não pede para ser passado para trás. Tanto escândalo que a gente acompanha, mensalão, dinheiro na cueca, dinheiro desviado. Tudo isso pela ganância, pelo poder, por papel, dinheiro nada mais é do que papel. Será que isso vale mais do que a integridade de um homem?
O que fazer então? É só votar consciente que nada disso acontece. Tem gente boa na política ainda, mas é preciso avaliar cada candidato para descobrir qual vai ser a melhor opção para ser eleito.
O que falta no Brasil é justiça, porque os políticos nos roubam, prometem e não cumprem e, apesar disso, continuam soltos e com regalias enquanto a gente sofre para pagar os impostos absurdos que eles inventam.
Já tá na hora do Brasil andar para frente! E o povo tem que agir para que isso aconteça. Temos nossos direitos e temos o dever de lutar por eles.

A verdade é que eu não voto ainda, mas eu sei que aqui no Brasil a coisa não tá fácil, sei que a corrupção anda por nossas bandas desde Pedro Álvares Cabral e sei que só com as atitudes e mobilizações do povo isso pode mudar. Qualquer pessoa pode discordar com o que eu escrevo, mas sei que muitas pessoas sabem que isso é verdade, só não tiveram a coragem de falar.
Bom texto para época de eleição, de repente me vi tão envolvida na política, rs.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O tudo numa coisa só

Gente, tô pasma! O preconceito tá em todo canto.. em tudo que eu vejo! Com gente magra, gente gorda, negros, brancos, ricos, pobres, deficientes mentais e físicos. Eu não acredito que, numa sociedade moderna como a nossa, ainda exista um estereótipo tão arcaico em relação à distinção de pessoas. Todo dia eu ouço uma penca de comentários tão racistas e preconceituosos que eu imagino como o mundo de hoje pode ainda não ter entendido que a humanidade é feita de diferenças, milhares delas. Ignorância pura! Por isso resolvi escrever hoje.


Parece que desde os primórdios da humanidade o mundo vive certa estagnação. Todos sabem muito bem que não é só de uma raça que a população mundial é formada, ou um só sexo, uma só cultura, uma só fé, nem mesmo uma só língua.
Ainda assim, diante desse fato, algumas pessoas assumem uma considerável ignorância em relação às diferenças. Não só pessoas, mas nações inteiras. Acompanhamos de perto a luta entre Israel e Palestina que, por possuírem diferenças não conseguem coexistir.
E quando o assunto é raça, a história não muda muito. Desde que a escravidão acabou, a vida dos negros -que sempre foi bem complicada- ficou um pouco mais difícil. Ficou ruim ter crédito, confiança ou arrumar emprego.
Muitos anos depois, apesar de uma parte da população negra conseguir reconhecimento, ainda não é certa a total aceitação pelos que se dizem brancos. E assim também é com deficientes físicos e até mesmo mentais. Muita gente acha que, por serem diferentes, essas pessoas são aberrações.
Quanto mais alienada a população em relação ao preconceito, maior ele é, seja de classe social, raça, fé ou sexo. O que falta na sociedade é respeito ao próximo e a consciência de que todos nós somos iguais e, todos merecem sentir isso da mesma forma.
"Por que é que não se junta tudo numa coisa só?"

Eu escreveria mais, mas me controlei, preciso guardar a criatividade para outros meios, rs.
E vou estudar, pensem sobre... ;)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A estatística da violência

Vi essa reportagem que me chamou a atenção para um assunto muito comentado. Fiz um texto sobre ele, rs.
"Depois de saúde e educação, a terceira na lista de preocupações dos brasileiros é a segurança pública."

Com o aumento considerável da violência, a probabilidade de ser atingido por uma bala perdida cresce também. E esse é o grande medo de muitos cidadãos hoje em dia. O confronto entre policiais e bandidos tem se dado em plena luz do dia, em ruas movimentadas, sem sequer se importarem com as consequências ou pessoas que estão em volta.
A sociedade tem vivido dias muito difíceis com o surgimento das favelas, o aumento do tráfico, o combate da polícia e, todos esses fatores contribuem para o receio de sair às ruas. Nunca se sabe se você vai chegar em casa depois de um dia longo e intenso de trabalho, ou se você pode ser surpreendido na rua e, não voltar nunca mais.
Quantos são os depoimentos de pessoas que foram atingidas ou tiveram sua casa atingida. Nada nem ninguém é poupado, escolas, hospitais, igrejas, carros, até mesmo crianças. Os números podem ser desesperadores. A maior parte da população, com certeza, já passou por um episódio desse e, hoje, é só mais um número na estatística.


O Brasil deve investir em segurança. Não podemos perder vidas dessa forma desenfreada, isso é alarmante. As autoridades têm que ocupar seu lugar e nos passar segurança e confiança. Devemos saber que, ao sairmos na rua, poderemos ficar tranquilos quanto a estarmos protegidos. Isso é, com certeza, essencial.
"Na pesquisa do Ibope para o Jornal Nacional, o Nordeste é a região que mais se preocupa com a segurança pública, com 18%. Depois vêm o Sul, com 12%, o Norte-Centro-Oeste com 11% e o Sudeste com 10%."


Nesses dias em que vivemos não é só nas ruas que a violência tem nos preocupado. Há vários tipos de violência, como a doméstica, a infantil, a contra idosos, animais, em salas de aula ou a gratuita. Como não vou me aprofundar em nenhuma delas fica uma frase: "violência gera violência!"
Ainda não é o que eu quero escrever, mas tá aí.. ;)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Só uma reflexão sobre a nossa geração

Para quem achou que eu tivesse renunciado minha vida de escritora, aqui estou eu.. DE VOLTA!
Quase deprimida pela atual status da nova geração que anda solta  por aí. Bom, vamos direto ao ponto.

Fico pensando para onde esse povo vai levar o nosso mundo. E, sinceramente, não consigo ver nenhuma resposta otimista, nem uma pontinha de solução. Na verdade, esse mundo fica nas mãos das pessoas mais novas, que, por obviedade de um ciclo, vão assumir empresas, cargos políticos e outras coisas. E, por esse motivo é que me pergunto o que vai ser quando chegar a hora da nossa geração substituir a geração passada -complicado, eu sei- mas super compreensível.
O que nós vemos hoje são adolescentes -e não só adolescentes, mas queria focar nessa faixa etária, que, por algum mero acaso, é a minha- que roubam, matam, cometem crimes como se fossem "gente grande", arquitetados, friamente calculados e bem executados. Colegas de classe batendo em outros por nada. É, não há nada que justifique esse ato. Crimes passionais, vinganças bobas por motivo nenhum e todo mundo sabe que não para por aqui. Venho pensando em que mãos esse mundo vai ficar, como vai ser de um determinado ponto para frente.
Se, hoje em dia, só se vê vandalismo e brutalidade, daqui a uns anos a situação será mais grosseira e escancarada e aí o que ensinaremos aos nossos filhos? Não é difícil ver, hoje em dia, adolescentes com sérios desvios de caráter e sem um mínimo escrúpulo e, se sobra maldade, falta boa índole e amor no coração, com certeza.
Desmotivada, fiquei alguns minutos sem falar nada na manhã de hoje. Vi algumas coisas que me surpreenderam. Coisas mínimas, mas que eu nunca pensaria em fazer e, no entanto, vi, bem na minha frente, as pessoas fazendo. Ali, naquela hora, ficou provado que, hoje em dia, o que predomina é a sobrevivência do eu! Sim, eu estou exagerando em relação ao fato ocorrido, mas foi uma representação dessa minha conclusão. É sim, tudo pela própria sobrevivência, pelo EU.
Mas será que dói fazer algo pelo NÓS, ou pelo ELES? Será que na cabeça de alguém ainda estala alguma coisa antes de ela cometer alguma maldade?
Os adolescentes de hoje podiam se inspirar em exemplos bons, não passar o dia em frente a uma TV vendo tudo de ruim que a mídia trata de usar para uma lavagem cerebral completa.
Em relação aos adolescentes que se esforçam para fazer coisas ruins, são poucos os adolescentes que tentam fazer alguma coisa produtiva, agradável e boa aos olhos de outras pessoas, não como uma atitude egoísta, mas num contexto altruísta. A situação anda meio difícil e pelo andar da carruagem não melhora daqui para frente.
Não me incluo no que disse, mas não sou "a santa", tenho minhas limitações, mas também sei os limites que a sociedade impõe e procuro nunca passar deles -coisa que eu consigo, ok? rs-. Queria poder fazer algo mais útil para todos, mas, infelizmente, só estico o braço até onde ele vai. Talvez num futuro bem próximo -espero eu- eu consiga mudar a vida das pessoas que estivrem ao meu alcance.



Bom, eu sei que disse que não ia escrever sobre isso, mas quem me controla? Eu disse que não, mas as palavras já se juntam na minha mente e quando eu vejo minha mão já digitou tuudo.
Fiquei realmente triste hoje, só Jesus mesmo gente.. :/

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Décimo primeiro mandamento: ignorar ao próximo

Não, eu não desisti do blog, é que não tá dando mesmo pra entrar aquei de casa, hoje foi sorte eu conseguir :/
Mas continuo escrevendo e, sempre que der eu vou postar, com certeza. Estou me preparando pra uns projetos aí em frente. (yn)
Essa foi a segunda crônica que eu fiz, baseada numa charge, num concurso da escola :D
Espero que gostem. Nos leva a pensar, rs.


Seu despertador dispara como se fosse uma sirene e, com os olhos ainda pesados, você luta contra a vontade de tacá-lo na parede. Levanta e, como todos os dias, segue seus hábitos matinais, preparando-se psicologicamente para enfrentar mais um duro e árduo dia de trabalho. E você segue pensando como a sua vida é difícil.
No caminho até a estação do metrô você entra na mesma padaria de sempre e, como todos os dias, ignora uma criança que lhe pede um pão. Ao chegar na estação, passa direto por duas pessoas encolhidas, recostadas na parede, em cima de caixas de papelão, implorando por um dinheiro para o café.
Você desce na Estação Central e segue o que falta até o seu trabalho caminhando. É a maior concentração de pedintes de rua que qualquer ser humano já viu e, por incrível que pareça, você finge não ver nenhum deles. Ao final do expediente você volta para casa pelo mesmo caminho e, nos mesmos lugares, ignora as mesmas pessoas.
Depois de tomar um banho você começa a assistir a um documentário enquanto janta. O narrador diz que o número de moradores e pedintes de rua aumentou expressivamente desde o último censo. Então você pensa no absurdo daquela estatística, afinal, você anda por muitos lugares durante o dia, mas nunca encontrou nenhuma dessas pobres pessoas, caso contrário, você as teria ajudado. Você é tão altruísta...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mas se o assunto for o tempo...

Gente, essa crônica eu fiz terça agora, dia 03, quando meu pai deu carona para um moço que mora aqui perto de casa. Fui de casa até a escola acompanhando a conversa deles e, quando o moço desceu do carro, pensei que aquela situação poderia ser transformada em uma ótima crônica. Aí cheguei na escola e passei tudo pro papel. Tá áí o resultado, rs.

Todo dia, pela manhã, é a mesma coisa: me vejo cercada de pessoas que saem de suas casas para ir trabalhar. A diferença entre elas é que umas estão de carro e outras a pé. E foram essas últimas que me inspiraram nesse relato.
Quando eu vou para escola pela manhã, na maioria das vezes, estou de carro com meu pai e, de vez em quando, ele dá carona para um vizinho ou outro. E agora eu chego no ponto em que eu queria.
Se seu carona não for alguém muito próximo seu, ou se você não for daqueles tagarelas, certamente você vai se encaixar nisso:
Assim que seu carona entra no carro, seja ele homem ou mulher, entra junto dele todo aquele desconforto e aí você se vê numa situação bem estranha. Então você começa a conversa com a simpática pergunta, que nada mais é do que o simples "tudo bom?" de todo mundo. É claro que a pessoa não vai te dar uma resposta negativa e chorar todas as mágoas dela com você. E você bem sabe disso.
Depois dos cumprimentos típicos de um diálogo, ambos se vêem procurando um assunto no meio do silêncio que o último ponto final deixou. Vocês percebem que já se passaram quase dois minutos de um silêncio constrangedor. Sem mais alternativas, alguém puxa um "tempo maluco ultimamente, não? De manhã um sol, de noite um frio, uma chuva..."
É, não deu para segurar, a famosa tirada climática mais uma vez surgiu para salvar sua vida do constrangimento. Agora, tanto você, quanto o seu carona, comprovam que ambos são SEM ASSUNTO!
Mais um abismo de silêncio surge entre vocês. A mão começa a suar, sua mente está vazia. Se você tiver sorte, o lugar que seu carona vai saltar estará bem próximo e a única coisa que você vão dizer será um "até mais", no máximo um "bom dia aí, valeu ein?!" e pronto, vocês seguirão seus dias e só.
Caso contrário, a "sorte" que você vai ter é a de ele saltar num lugar bem distante e, só para dar um empurrãozinho, vocês podem pegar um engarrafamento. Mas, no caso de isso ocorrer, não se preocupe, o trânsito também vira tema de uma conversa onde o que falta é assunto.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Todo mundo pode escrever!

É, talvez você já tenha escutado a frase do título, mas com uma palavra diferente. É a frase do filme Ratatouille, com uma certa modificação, rs. No filme o cozinheiro diz que "Todo mundo pode cozinhar!" e aí o ratinho começa a cozinhar. Ok gente, era um rato e ratos não cozinham.. rs. Mas é um desenho.
Eu gostei da frase e pensei que podia ser assim com tudo, todas as situações, não? E se o ratinho podia cozinhar, por que eu não podia escrever? Eu sei que eu não sou um desenho, [hahaha] mas escrever é uma tarefa alcançável para mim. E aquela frase realmente ficou na minha cabeça.
Antes de eu criar esse blog, fiquei na maior enrolação: criava e excluía o blog, escrevia, me preparava e hesitava. Mas aí eu tomei uma coragem que nem eu sabia que tinha e num ímpeto fiz o blog. E hoje me empolguei de tal forma que eu quero postar mais de uma vez ao dia, apesar de não ser um blog famoso, ouço bons comentários das pessoas que o visitam e isso me empolga.
E no mesmo dia que eu ouvi essa frase no desenho, eu encontrei com uma pessoa que fez um elogio aos meus textos aqui publicados. Ganhei mais um motivo para escrever.
Eu escrevo porque gosto, escrevo porque, de alguma forma, a gente tem que alcançar o mundo. E, para isso, a gente faz o que pode e o que sabe, né? É, fiquei contente, eu sei escrever! Gosto de saber me fazer entender, gosto de clareza, de expressar o que eu penso de alguma forma. Bom, não posso demonstrar minha indignação com determinado assunto se eu ficar parada, dentro da minha casa, sem abrir a boca. O que eu quero é que me ouçam, e dessa vez eu estou motivadíssima.
Depois de um tempo treinando, fazendo redações, tirando palavra do fundo do baú para enrolar o máximo a professora e aumentar o número de linhas, eu cheguei a uma fase em que, no meu dia a dia, encontro temas perfeitos para uma crônica, ou um simples texto aqui no meu blog, e aí eu percebi a arte de escrever.
Há uns 5 anos eu ouvi uma frase também em um filme, Mudança de Hábito, se eu não me engano, que eu também adaptei à minha realidade: "Se você acorda pensando em escrever, você já é uma escritora." Aquela frase foi realmente marcante, já que minha memória seletiva permitiu que eu me lembrasse dela até hoje.
Pois então, aqui estou, escrevendo porque gosto, torcendo para que outras pessoas gostem também. E não é só isso, tenho muitos sonhos que giram em torno da minha capacidade de escrever e, se Deus me permitir, todos vão se realizar.
Quero incentivar todas as pessoas que têm um sonho, assim como eu tenho, a fazê-lo se tornar realidade. Não garanto que 150 pessoas leiam, por dia, o que eu escrevo, mas eu tive coragem de dizer o que penso -escrever no meu caso- e vou tentar mostrar isso para o mundo.
A coragem estava o tempo todo dentro de mim, mas eu criei um falso medo. Eu sabia que eu podia ser boa nisso, e, mesmo que muitas pessoas critiquem o que eu escrever, vou continuar fazendo o que me dá alegria.


Adoro chegar em casa e escrever o que martelou na minha cabeça o dia todo. :]

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o AMOR."

Demorei pra voltar, mas tava cheia de vontade de escrever, rs. Mas, fui impedida por uma agenda meio cheia e um resfriadinho insistente que, depois de ter ido embora semana passada, gostou de mim e voltou essa semana. :/
Bom, para o assunto de hoje me inspirei numa visita que eu e uns amigos fizemos a um orfanato no domingo.
Conversei com uma menina de apenas 13 anos que tinha sido abandonada pela mãe, o pai havia morrido e sua avó, que fizera questão de ter a neta morando com ela, só sabia, na verdade, humilhá-la. E ela me disse que não tinha nenhum motivo para ser feliz. Aquilo doeu, segurei a lágrima e olhei para outro lado, não queria que ela achasse que eu tava com pena, seria pior para ela. A menina era um amor -era não, é- super responsável, madura demais para a idade dela. E ela não entendia o motivo da mãe dela ter abandonado ela e sua avó só saber humilhá-la.
Tinha também outra menina, essa de apenas 11 anos, a mãe dela também a abandonou e a mesma, de 11 anos, disse que preferia ter morrido. Mas conseguiu ver alegria em comer uma azeitona. Do mesmo jeito, era de cortar o coração que aquela menina, que podia viver na alegria de um lar feliz, preferisse morrer do que ser abandonada pela mãe.
Não sei se é só comigo, mas minha mãe é uma pessoa sem a qual eu não conseguiria viver, ela é super carinhosa e sempre que eu preciso, ela está disposta a me ajudar.
Como uma mãe consegue, ao ver aquela criancinha linda em seus braços, desprotegida e muito necessitada de uma figura maternal, simplesmente largá-la, abandoná-la à própria sorte, pequena ainda?! Como isso é possível?
Certo, alguém pode se indignar ao ler isso e pensar "mas se ela não tivesse condições de cuidar da filha?" mas será que é esse o motivo das outras 7.999.999 milhões mães que abandonaram seus filhos? E esse motivo justifica? Se a pesssoa que ficar com seu filho não for carinhoso, amável ou boa mãe/bom pai?
Será que essas pessoas que tiveram a coragem de abandonar um filho não pensam que talvez fosse melhor não tê-lo se não tem condições de criá-lo? Não estou falando de aborto, estou falando de métodos contraceptivos. Segundo a estatística a maioria dos abandonos a menores vem de mães adultas. Mas será que elas não têm entendimento sobre esse assunto? Como não desejar uma gravidez? Como estragar sonhos de uma vida que acabou de começar? Como pensar em tirá-la?
E nessas horas surgem tantas perguntas que se torna até difícil encontrar as respostas..
Mas é, de verdade, um espanto essa estatística ser absurda dessa forma.
Abandonar uma criança é crime! Se você se viu grávida e sem ter condições para sustentar seu filho, não precisa recorrer ao abandono. Para tudo existe um jeito.
É, talvez pareça que eu não entendo a dificuldade de vida de algumas pessoas, mas no meu peito bate uma coisa chamada coração e eu tento entender a dificuldade de uma criança, sem pai, sem mãe, sem ajuda de ninguém e isso se chama compaixão.
A visita àquele abrigo foi uma oportunidade que eu tive de compartilhar amor com aquelas crianças. E isso é indescritível. Mas, ter uma mãe presente, mesmo com dificuldades, é indescritível em um patamar mais elevado.
Se todas as mães tivessem amor no coração, conseguiríam se virar e criar aquela criança, mesmo que ela fosse pobre economicamente, ela seria rica em amor e alegria. E isso, não tem preço.

Dedico essa postagem às minhas amigas e amigos lindos do Abrigo Beija-Flor. E, não falo da boca para fora: eu sinto amor por vocês. :] E agradeço a oportunidade de dividir aqueles sorrisos com vocês.
Gostei de compartilhar, espero que gostem e que isso toque no fundo do coração de vocês.
domingo, 01 de agosto de 2010.