terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o AMOR."

Demorei pra voltar, mas tava cheia de vontade de escrever, rs. Mas, fui impedida por uma agenda meio cheia e um resfriadinho insistente que, depois de ter ido embora semana passada, gostou de mim e voltou essa semana. :/
Bom, para o assunto de hoje me inspirei numa visita que eu e uns amigos fizemos a um orfanato no domingo.
Conversei com uma menina de apenas 13 anos que tinha sido abandonada pela mãe, o pai havia morrido e sua avó, que fizera questão de ter a neta morando com ela, só sabia, na verdade, humilhá-la. E ela me disse que não tinha nenhum motivo para ser feliz. Aquilo doeu, segurei a lágrima e olhei para outro lado, não queria que ela achasse que eu tava com pena, seria pior para ela. A menina era um amor -era não, é- super responsável, madura demais para a idade dela. E ela não entendia o motivo da mãe dela ter abandonado ela e sua avó só saber humilhá-la.
Tinha também outra menina, essa de apenas 11 anos, a mãe dela também a abandonou e a mesma, de 11 anos, disse que preferia ter morrido. Mas conseguiu ver alegria em comer uma azeitona. Do mesmo jeito, era de cortar o coração que aquela menina, que podia viver na alegria de um lar feliz, preferisse morrer do que ser abandonada pela mãe.
Não sei se é só comigo, mas minha mãe é uma pessoa sem a qual eu não conseguiria viver, ela é super carinhosa e sempre que eu preciso, ela está disposta a me ajudar.
Como uma mãe consegue, ao ver aquela criancinha linda em seus braços, desprotegida e muito necessitada de uma figura maternal, simplesmente largá-la, abandoná-la à própria sorte, pequena ainda?! Como isso é possível?
Certo, alguém pode se indignar ao ler isso e pensar "mas se ela não tivesse condições de cuidar da filha?" mas será que é esse o motivo das outras 7.999.999 milhões mães que abandonaram seus filhos? E esse motivo justifica? Se a pesssoa que ficar com seu filho não for carinhoso, amável ou boa mãe/bom pai?
Será que essas pessoas que tiveram a coragem de abandonar um filho não pensam que talvez fosse melhor não tê-lo se não tem condições de criá-lo? Não estou falando de aborto, estou falando de métodos contraceptivos. Segundo a estatística a maioria dos abandonos a menores vem de mães adultas. Mas será que elas não têm entendimento sobre esse assunto? Como não desejar uma gravidez? Como estragar sonhos de uma vida que acabou de começar? Como pensar em tirá-la?
E nessas horas surgem tantas perguntas que se torna até difícil encontrar as respostas..
Mas é, de verdade, um espanto essa estatística ser absurda dessa forma.
Abandonar uma criança é crime! Se você se viu grávida e sem ter condições para sustentar seu filho, não precisa recorrer ao abandono. Para tudo existe um jeito.
É, talvez pareça que eu não entendo a dificuldade de vida de algumas pessoas, mas no meu peito bate uma coisa chamada coração e eu tento entender a dificuldade de uma criança, sem pai, sem mãe, sem ajuda de ninguém e isso se chama compaixão.
A visita àquele abrigo foi uma oportunidade que eu tive de compartilhar amor com aquelas crianças. E isso é indescritível. Mas, ter uma mãe presente, mesmo com dificuldades, é indescritível em um patamar mais elevado.
Se todas as mães tivessem amor no coração, conseguiríam se virar e criar aquela criança, mesmo que ela fosse pobre economicamente, ela seria rica em amor e alegria. E isso, não tem preço.

Dedico essa postagem às minhas amigas e amigos lindos do Abrigo Beija-Flor. E, não falo da boca para fora: eu sinto amor por vocês. :] E agradeço a oportunidade de dividir aqueles sorrisos com vocês.
Gostei de compartilhar, espero que gostem e que isso toque no fundo do coração de vocês.
domingo, 01 de agosto de 2010.

Nenhum comentário: